The Brazilian State Water Resources Councils: diagnosis of civil society participation through criteria of access to information, parity, and decision-making procedures
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z2176-94782136Palavras-chave:
órgãos colegiados; gestão hídrica; democraciaResumo
O objetivo do artigo foi investigar se os Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos brasileiros, incluindo o Distrito Federal, garantem a participação da sociedade civil por meio do acesso às informações, paridade e procedimentos de tomadas de decisão. Neste sentido, selecionou-se critérios de verificação, atribuindo-se nota máxima de 1 ponto à sua adequação nos Conselhos, que foram classificados em termos de adequação à participação. Os estados considerados adequados, em ordem decrescente, foram: Paraíba (1ª posição), Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo (2ª posição), Amazonas, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina (3ª posição), Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo e Mato Grosso (4ª posição), Rio Grande do Norte e Tocantins (5ª posição) e Alagoas (6ª posição). Já os estados inadequados foram: Acre e Pernambuco (7ª posição), Piauí e Roraima (8ª posição), Goiás e Sergipe (9ª posição) e Amapá e Maranhão (10ª posição). Quanto aos critérios, os que melhores pontuaram foram: presença do sítio eletrônico e do Regimento Interno dos Conselhos, tomada de decisões do Conselho em plenárias, presença das Atas das Reuniões no sítio eletrônico, identificação das Câmaras Técnicas dos Conselhos nestes canais, cumprimento da periodicidade das reuniões regimentares, identificação dos membros que compõem os Conselhos e paridade entre os três setores que os constituem. Concluiu-se que os Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos devem garantir a igualdade de participação aos membros da sociedade civil em suas discussões e deliberações, assim como disponibilizar o acesso às informações geradas ao público.
Downloads
Referências
Akerboom, S.; Craig, R.K., 2022. How law structures public participation in environmental decision making: a comparative law approach. Environmental Policy and Governance, v. 32, 232-246. https://doi.org/10.1002/eet.1986.
Alegría, D.C., 2024. If there’s no support, we don’t advance: Emerging environmental democratization in water pollution governance in Lake Titicaca, Peru. Geoforum, v. 149 (103964), 1-13. https://doi.org/10.1016/j.geoforum.2024.103964.
Bobbio, N., 2017. O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo. Paz e Terra, Rio de Janeiro.
Bourblanc, M., 2010. Social participation in water governance and management: critical and global perspectives. Water Resources Development, v. 26 (4), 709-713. https://doi.org/10.1080/07900627.2010.520916.
Brasil, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da União, Brasília.
Brasil, 1997. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Diário Oficial da União, Brasília.
Brasil, 2011. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Diário Oficial da União, Brasília.
Carr, G.; Blöschl, G.; Louks, D.P., 2012. Evaluating participation in water resource management: a review. Water Resources Research, v. 48 (11), 1-17. https://doi.org/10.1029/2011WR011662.
Ciesielczuk, J.; Porras, G.L., 2021. Public participation and the Escazú agreement: Implementation challenges for vulnerable groups amid a global pandemic. IUCN AEL Journal of Environmental Law, (11), 12-33.
Di Marco, A., 2023. Water democracy under European Union law: Requiring participatory services management. Utilities Policy, v. 84 (101648), 1-10. https://doi.org/10.1016/j.jup.2023.101648.
Fontaine, G.; Carrasco, C.; Rodrigues, C., 2022. How transparence enhances public accountability: The case of environmental governance in Chile. The Extractive Industries and Society, v. 9 (101040), 2-14. https://doi.org/10.1016/j.exis.2021.101040.
Habermas, J., 1997. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 354 p.
Habermas, J., 2014. Mudança estrutural da esfera pública: investigações quanto a uma categoria da sociedade burguesa. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 543 p.
Ituarte-Lima, C.; Mares, R., 2024. Environmental democracy: Examining the interplay between Escazu Agreement’s innovations and EU economic law. Earth System Governance, v. 21 (100208), 1-13. https://doi.org/10.1016/j.esg.2024.100208.
Malheiros, T.F.; Prota, M.G.; Pérez-Rincón, M.A., 2013. Participação comunitária e implementação dos instrumentos de gestão da água em bacias hidrográficas. Revista Ambiente & Água, v. 8 (1), 98-118. https://doi.org/10.4136/ambi-agua.970.
Mesquita, F.G., 2018. Os comitês de bacias hidrográficas e o gerenciamento integrado na Política Nacional de Recursos Hídricos. Desenvolvimento & Meio Ambiente, v. 45, 56-80. https://doi.org/10.5380/dma.v45i0.47280.
Muller Neto, J.S.; Artmann, E., 2012. Política, gestão e participação em Saúde: reflexão ancorada na teoria da ação comunicativa de Habermas. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17 (12), 3407-3416. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012001200025.
Muttaqin, T.; Soraya, E.; Dharmawan, B.; Laraswati, D.; Maryudi, A., 2023. Asymmetric power relations in multistakeholder initiatives: insights from the government-instituted Indonesian National Forestry Council. Trees, Forests and People, v. 12 (100406), 1-7. https://doi.org/10.1016/j.tfp.2023.100406.
Néris, M.C.N.; Pizella, D.G., 2022. A participação do segmento sociedade civil no conselho estadual de recursos hídricos do estado de São Paulo. Revista Gestão e Sustentabilidade Ambiental, v. 11 (2), 32-50. https://doi.org/10.59306/rgsa.v11e2202232-50.
Ordoñez, S.R.H., 2020. Los Nuevos Derechos de Acceso em materia ambiental: el caso del Acuerdo de Escazú. Estudios en Derecho a la Información, v. 1 (9), 113-132. https://doi.org/10.22201/iij.25940082e.2020.9.14281.
Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO), 2024. El acceso a la información ambiental en América Latina y el Caribe: síntesis de decisiones de órganos garantes y jurisprudencia seleccionada. UNESCO, Montevideo, 56 p.
Peixoto, F.S.; Soares, J.A.; Ribeiro, V.S., 2022. Conflitos pela água no Brasil. Sociedade & Natureza, v. 34, 1-13. https://doi.org/10.14393/SN-v34-2022-59410.
Pickering, J.; Hickmann T.; Backstrand, K.; Kalfagianni, A.; Bloomfield, M.; Mertf, A.; Ransan-Cooper, H.; Lo, A.Y., 2022. Democratising sustainability transformations: assessing the transformative potential of democratic practices in environmental governance. Earth System Governance, v. 11 (100131), 1-14. https://doi.org/10.1016/j.esg.2021.100131.
Shearman, D.J.C.; Smith, J.W., 2007. The climate change challenge and the failure of democracy. Praeger, Westport, CT.
Silva, C.V.; Silva, D.F.L.; Souza, E.M., 2013. A participação da sociedade civil na democratização do setor de saúde no Brasil. Revista Brasileira De Educação Médica, v. 37 (2), 254-259.
Suman, A.B., 2021. Citizen sensing from a legal standpoint: legitimizing the practice under the Aarhus Framework. Journal for European Environmental & Planning Law, v. 18 (1-2), 8-38. https://doi.org/10.1163/18760104-18010003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Ciências Ambientais

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.