REAPROVEITAMENTO DE DORMENTES DE MADEIRA DA ESTRADA DE FERRO CARAJÁS PARA A COGERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z2176-947820170209Palavras-chave:
resíduos de dormentes; geração de eletricidade; sustentabilidade.Resumo
O descarte de resíduos de dormentes de madeira tem importância ambiental e econômica. Todavia, os estudos específicos que testam e avaliam a sustentabilidade de alternativas de sua destinação adequada praticamente são inexistentes. Este artigo avaliou os aspectos ambientais e econômicos do coprocessamento dos dormentes de madeira com biomassa florestal para produzir eletricidade em unidade termelétrica.
Os procedimentos consistiram em aplicação de testes em branco e de queima utilizando métodos recomendados por instituições e agências nacionais e internacionais. Nesses testes foram coletadas amostras dos gases emitidos pela chaminé e cinzas residuais utilizando apenas biomassa de origem florestal. O experimento de queima consistiu na mistura de biomassa com dormentes de madeira triturada na proporção de 1/5. As comparações mostraram que os parâmetros da dimensão ambiental
obtidos estavam nos limites estabelecidos para emissões atmosféricas na legislação
ambiental brasileira de incineração de resíduos, exceto para material particulado
e das dioxinas e furanos. Se existir um controle eficiente de emissões gasosas,
especialmente destas últimas, os resultados mostraram que o reaproveitamento
energético da madeira é ambientalmente sustentável. Na dimensão econômica,
considerando certas premissas, tais como a potência da termelétrica de 5 MW, a
produção nominal de 43.800 MWh por ano e o consumo de biomassa em torno de
70 mil t anuais, a substituição da biomassa por 20% de dormentes reduz em 19,2% o
custo total anual da matéria-prima utilizada no processo de geração.
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