MONITORAMENTO E REMOÇÃO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS EM ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO COM LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z2176-947820190502Palavras-chave:
Diclofenaco, ibuprofeno; naproxenoResumo
O monitoramento dos fármacos residuais no ambiente vem ganhando
atenção, pois são frequentemente detectados em estações de tratamento
de esgoto (ETE) e atingem os corpos hídricos. Portanto, o objetivo deste
trabalho foi avaliar a presença, a concentração e a porcentagem de remoção
de anti-inflamatórios em amostras de esgoto bruto e efluente tratado da ETE
do município de Dracena (SP). Foram avaliados dois pontos de coletas na
ETE denominados de P1 (esgoto bruto) e P2 (efluente tratado). As coletas e
análises foram realizadas nos meses de março de 2017 a fevereiro de 2018.
As amostras foram preparadas por microextração líquido–líquido dispersiva
e analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência. A presença dos
fármacos diclofenaco, ibuprofeno e naproxeno foi detectada nos dois
pontos analisados da ETE. O ibuprofeno foi o composto que apresentou a
maior concentração no esgoto bruto (95,92 μg.L-1). Nos meses de inverno,
foram registradas as menores concentrações dos anti-inflamatórios no
esgoto bruto e as menores porcentagens de remoção dos fármacos na ETE.
No mês de julho, o ibuprofeno e o naproxeno não foram detectados em P1
nem em P2. A presença desses fármacos no esgoto bruto é atribuída ao
descarte de medicamentos em pias e vasos sanitários, além da excreção via
fezes e urina com resíduos de fármacos que não são totalmente absorvidos
pelo organismo humano. O tratamento de esgoto doméstico por meio de
lagoas de estabilização não remove totalmente esses anti-inflamatórios,
propiciando o aporte dessas substâncias nas águas superficiais, alterando
sua qualidade.
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