FUNCIONALIDADE ECOLÓGICA DA RESTAURAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS NO BIOMA MATA ATLÂNTICA, RIO DE JANEIRO
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z2176-947820170175Palavras-chave:
indicadores; monitoramento; processos ecológicos.Resumo
A funcionalidade ecológica de uma área restaurada está associada ao retorno
de processos como a ciclagem de nutrientes, aporte e estabelecimento de
novos propágulos, os quais podem ser promovidos pela escolha adequada
de espécies e pela promoção da diversidade funcional e de espécies. Em uma
restauração de 50 ha situada no Rio de Janeiro, foram realizadas avaliações aos
5 e aos 20 meses após o plantio, visando avaliar o estabelecimento de processos
ecológicos na restauração assim como identificar indicadores representativos
das alterações observadas. Para tanto, em 23 parcelas (25 x 4 m) foi empregado
um conjunto de indicadores de: (a) estrutura – área basal (AB) [ΣAB e AB/m²],
altura média dos indivíduos e densidade (nº de indivíduos/ha); (b) diversidade
da comunidade – índices de diversidade de Shannon (H´) e de equitabilidade (J´)
e riqueza de espécies (S=número de espécies); (c) função ecológica - presença
de espécies de diferentes grupos funcionais (% de zoocóricas, pioneiras e
fixadoras de N2) e; (d) contexto da paisagem – cobertura de gramíneas (% de
cobertura do solo com gramíneas e com as projeções das copas no solo e
% de regenerantes). As diferenças entre os anos para os indicadores foram
avaliadas pelo teste do qui-quadrado. Para determinar quais indicadores
influenciaram nos resultados obtidos, foi efetuada a análise de componentes
principais (PCA) pelo método de médias aritméticas não ponderadas
(UPGMA) com 15 indicadores x idade. Do total de 88 espécies observadas nos
2 períodos, 15 delas foram dominantes, com 51,1% dos indivíduos plantados.
Nesse grupo, 8 tiveram taxas de mortalidade dos indivíduos superiores
a 70%. Sugere-se que o plantio dessas espécies em alta densidade pode
causar um processo de abertura de clareiras ao longo do tempo, facilitando o
restabelecimento de gramíneas invasoras. Os indicadores mais eficientes para
avaliação das áreas foram: densidade, diversidade, equitabilidade (H´ e J) e
cobertura de copa. Entre 5 e 20 meses de idade, houve redução significativa
da riqueza, sendo maior para famílias do que para espécies. Contudo,
os indicadores de funções ecológicas não variaram entre as idades, apesar da
redução na diversidade, mostrando que houve redundância funcional entre
diferentes espécies.
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